Sinopse e detalhes:Não recomendado para menores de 14 anos
A intimidade de Getúlio Vargas (Tony Ramos), então presidente do Brasil, em seus 19 últimos dias de vida. Pressionado por uma crise política sem precedentes, em decorrência das acusações de que teria ordenado o atentado contra o jornalista Carlos Lacerda (Alexandre Borges), ele avalia os riscos existentes até tomar a decisão de se suicidar.
Livro: Getúlio(1930-1945)
Sinopse:Saudados pela crítica como notáveis qualidades do primeiro volume da trilogia sobre Getúlio Vargas, a pesquisa rigorosa e o texto cativante de Lira Neto continuam nesta parte central da saga biográfica esmiuçando a trajetória do líder político responsável pelas mais profundas transformações do Brasil no século XX. O livro reconstitui os mandatos de Getúlio no Palácio do Catete como chefe do Governo Provisório (1930-4), presidente constitucional (1934-7) e, por fim, ditador (1937-45), bem como os meandros de sua vida privada. A astúcia calculista do gaúcho de São Borja apresenta-se aqui em sua plenitude. Livre das amarras da 'carcomida' Constituição de 1891, Getúlio procurou estabelecer uma agenda nacionalista e estatizante de desenvolvimento socioeconômico enquanto, no plano político, engendrava complicadas maquinações palacianas para manter opositores e apoiadores - entre comunistas e militares, camisas-verdes e sindicalistas - sob a égide de sua autoridade pessoal. A Revolução Constitucionalista de 1932, a 'intentona' comunista de 35 e o putsch integralista em maio de 38, fragorosamente derrotados pelo governo, foram os mais sérios desafios à perpetuação de Vargas no Executivo federal. Por outro lado, a eleição indireta e a Constituição de 1934, além do golpe de mão do Estado Novo, simbolizaram os momentos de triunfo inconteste do poder getulista. No plano externo, a eclosão da Segunda Guerra Mundial marcou a reaproximação do ditador com as potências aliadas e, internamente, a decadência do regime estadonovista. Pressionado pela diplomacia norte-americana e por ataques alemães a embarcações brasileiras, Vargas envolveu o país no conflito europeu motivado por interesses econômicos. Mas a contradição entre lutar pela democracia na Europa e exercer o poder ditatorial no Brasil acabaria minando sua sustentação nos quartéis. Amparado pela máquina de propaganda do famigerado Departamento de Imprensa e Propaganda (DIP), o caudilho se tornou um mito popular, status que preservou mesmo após a humilhante deposição em 1945. 'Pai dos pobres' ou déspota do populismo, Getúlio e sua primeira passagem pelo Catete ainda hoje inflamam os seguidores e críticos de seu contraditório legado histórico.
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